Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






Hoje 22 de maio comemora-se o dia do abraço. É engraçado, ver como tantas vezes nos limitamos a datas comemorativas, mas me pergunto: Será que precisamos de um dia para o abraço? Precisamos de um dia no calendário para demonstrar nossa amizade, nosso carinho, nosso afeto a alguém a quem estimamos?

Nossa vida é tão corrida não é? Acabamos por nos esquecer do que realmente nos faz bem. E diga quem quiser dizer, que não gosta de abraço, de beijo ou de um carinho, as pessoas são sensíveis a tais gestos, até o mais duro coração se rende a tais atitudes. Ninguém é pedra e o homem sem nenhuma espécie de amor estará condicionado a uma vida solitária, cujo sentido é não ter sentido.

Veja, olhe, repare nas pessoas que estão ao seu lado! Ninguém precisa partir para que você diga o quanto ele ou ela era especial para você. Ninguém precisa morrer para que você, só então perceba o quanto aprendeu com aquela pessoa. Poucas coisas na vida trazem tanta alegria ao coração de alguém quanto o afeto demonstrado, quando alguém pode sentir e provar que é importante na vida de alguém. Quando um abraço nos faz esquecer erros, raivas e orgulhos e ali brotar o sentimento do perdão e amor que verdadeiramente há em cada coração.

Abraços são sentimentos bons realizados em gesto, quando palavras já não bastam para expressar o que se sente. Então, deixo aqui o meu abraço mais que apertado e o meu desejo que a vida não nos dê apenas o dia de hoje, mas muitos outros para expressarmos, acolhermos e mergulharmos na imensidão do carinho que salta do olhar com riso nos lábios e se intensifica na força dos braços, nos laços.

( J. L.)



Sou como música
Uma melodia sem cessar
Hora contente
Hora descrente
Hora suave
Hora eloquente
Hora tão triste
Hora  feliz
Outras, tão infeliz
Hora pensativa
Hora relativa
Hora mágica
Hora enfática
Hora tão atrevida
Hora sem vida
Outras, viva.

( J. L.)




Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amado,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

( Mário Quintana )


Ah, por ti nem sei do que sou capaz
Eu quebraria todos os protocolos
Para te ter aqui
Para ouvir tua voz
Para sentir teu cheiro
Para beijar tua boca

Por ti, eu esqueceria de mim
Só para encontrar-me em ti
E ver-me em teus olhos
No brilho mais profundo de suas pupilas

É só dizer que assim desejas
Que ao me ver também sentes a química
Que paralisa as pálpebras
Tal qual a mudez das palavras
Sem saber que rumo tomar

E deixar, sim deixar nosso querer falar
E se falasse, ah, se falasse
O que o coração grita
Eu te escutaria
E por ti, simplesmente, me renderia.


( J. L.)



Eu cá estou pensando no que poderia escrever
Para falar de um ser
Que dificilmente se pode descrever
Porque mãe é bem assim
I-nex-pli-cá-vel

E acabo escrevendo
O que todos já sabem e eu também:
Que mãe é amor
Que mãe é dedicação e doação
Que mãe é renuncia
Que mãe é suporte
Que mãe é fortaleza

Eu sei que de mãe preciso
Se não fosse por ela
Eu nem estaria aqui

E eu sei que preciso reconhecer
Que tudo que sou hoje
Foi por seus ensinamentos

No mais eu não consigo falar mesmo
Porque seu amor me mantém
E é só sentindo e sentir é mais além

Mãe talvez seja isso
O além do além da gente
Que só entende quem sente.

( J.L.)





"E viva a poesia que me recria de tantas formas, 
que em tantos versos me define e me transforma."

( J.L.) 


Não adianta fingir que esquecemos alguma coisa
Porque a mente traz flashes indesejáveis
E o coração jamais esquece a quem amou um dia

Passem-se dias ou anos
Preencham-se de tudo que puder
Mas o espaço que foi ainda é

E essa vida tão corrida até faz esquecer
De mim, de ti, de tanto sofrer
E penso que assim pode ser melhor
Viver nos limites do cansaço

Porque se paro pensar em mim
Acabo pensando em ti
A lembrar o que ficou
O amor que amargurou.

( J. L.)


"A dança é a linguagem oculta da alma." (Hentai)





É olhar para ti e sentir
Meu coração encher-se de alegria
Como a tempos não sentia

Ver teus sorrisos, teus olhares
Tão simples e puros
Ouvir teu falar coerente

Gosto de tua inocência única
E de tua espontânea maneira de ser você mesmo
Querendo me entender
Fazendo-se compreender

E sem interesses
Se faz o avesso
De dois que querem mais
Que desejam muito mais.


( J.L)



Não, o medo não pertence a um coração decidido
Porque o amor é a coragem de dispor-se ao outro
É a entrega sem receio do que se é
Para juntar dois caminhos e dali tornar um só.
O amor é a decisão puramente de seguir
De investir, de olhar e sentir e contruir a felicidade
Pois o amor por si só é felicidade
E a felicidade por si só é o amar
E para quem a deseja não existe limites
E se existe é o próprio amar
É o entregar-se!

( J.L.)